Depois de um dia sendo o alegre proprietario de um blog, tenho a nitida sensação que nada mudou, absolutamente nada na minha vida. Aliás, uma coisa mudou, agora perco tempo a escrever para esta treta quando podia estar a ver as miudas que por aí pululam como ninfetas (esta palavra não é minha, mas de um cromo, e eu até lhe achei piada).
Mas enfim, sinto-me na responsabilidade de vir aqui todos os dias, e escrever uma treta qualquer, nem que seja como descargo de consciencia. Ter um blog parece quase que é como ter um animal de estimação, requer os seus cuidados diários, é a mistura entre um cão e um tamagochi. Merdas que inventam, mas enfim, o melhor é seguir sem me preocupar muito com o que é e o que deixa de ser. Para dizer a verdade, estou mas é farto do natal e de ter que me andar a preocupar com prendas toda a gente, é uma confusão de todo o tamanho, e parecendo que não, o só mais uma prendinha dá um rombo no orçamento que é obra. Ainda outro dia, estava num café porreiro, com uma vista maravilhosa sobre a ria, e a música estava impecavel, o chocolate quente a saber bem, não que seja abixanado para beber estas merdas, mas a meio da tarde e com um frio do caraças aquilo até sabe bem, e então não é que os palhaços se põem a passar música de natal, digna apenas de um elevador de hotel de 5ª categoria. Passei-me completamente. Depois de ter pago a merda de 3 euros pela bebida, ainda me iam obrigar a ouvir aquela merda, o jingle bells com sininhos e o caralho a quatro. É que passei-me mesmo, quase que me ia dando um colapso de começar a babar por todos os lados. Ainda se fizessem umas músicas porreiras, actualizassem o reportório, mas não, é sempre a merda dos CD’s que saem nas revistas. Puta que pariu o natal. E a merda dos pais natal que por aí há? Nunca mais acabam. Anda um gajo a dizer ao filho que o pai natal vem com o trenó e mais as renas e que trás as prendas e tudo o mais, e a fazer de tudo para que não se descubra a verdade, e estes palhaços vá de por pais natal em tudo o que é canto. Um gajo anda a fazer figura de urso, só pode. É que nas brilhantes mentes das crianças, eles até concebem que o pai natal seja rápido, e que tal como deus esteja em quase todo o lado, afinal ele tem que distribuir prendas quanto mais não seja por toda a criançada da mesma terra e na melhor das hipoteses eles ainda são todos aqueles que os putos conhecem do infantário, mas porra, assim tão rápido que dá para ver aos 4 e 5 juntos???? Eu não sou pai, mas consigo imaginar a porra que é ter que explicar o inexplicavel. A solução era acabar de vez com essa paneleirice que é o natal, e instaurar o processo de distribuição de prendas como as mensalidades da Singer, todos os meses, e a coisa resolvia-se, nem as porradas no orçamento eram tão grandes, e nem tinha que haver gajos vestidos de pai natal nem musica nem nada das merdas. E se o problema fosse a jantarada para juntar a familia que nunca fala durante o ano inteiro, pois faziam uma rotatividade de jantares, ora em casa de uns ora em casa de outros, até porque ser sempre na casa do mais abastado até parece mal, o coitado só porque tá melhor na vida que os outros é quase sempre o chulado, e a trabalheira que fazer aquela porcaria dá. Quando se vai comer já está quase tudo frio, é uma bosta mesmo. Porque é que as pessoas não vão todas jantar fora no natal? Eu sei porque, e vou-vos contar. Porque só os cabrões dos chineses é que estão abertos, e nem toda a gente gosta daquela merda. Esses gajos é que são espertos, são mais que às mães e mesmo assim não há cá natal para ninguém. Havia de ser bonito, um chines raquitico e sub-nutrido vestido de pai natal, nem aguentava com o peso da barba. Devia aparecer o psicopata do natal, um tipo de esquizofernia que desse para agredir esses tipos que se vestem de pai natal. Acho que em termos de merchandising iria ser uma coisa boa. Fica lançado o apelo... apareça senhor psicopata, apareça!